|fotos de ricfortune|
Neutral Milk Hotel, "In The Aeroplane Over The Sea"
what a curious life we have found here tonight
there is music that sounds from the street
there are lights in the clouds
...tenho algumas saudades, confesso
posted by Unknown @ 11:40 da tarde, ,
No meu tempo nao havia nada disso...
quarta-feira, março 22, 2006
Pois é, pois é! Surgiu finalmente o JornalismoPortoRadio (JPR), a webrádio do curso de Jornalismo e Ci?ncias da Comunicaç?o da Universidade do Porto.
Para ja, assinalo a interessante entrevista a Luis Santos, onde este fala sobre "o futuro do jornalismo", e a curiosa tertulia entre Catarina, Germano e Silvio, membros da primeira "fornada" do curso!
Tambem nao posso deixar de referir a qualidade visivel (!!!) dos canais de Jazz, Rock e Musica Portuguesa. O resto está por averiguar, mas, em caso de duvida, vale a pena passar os olhos pelo JPR (aqui XXX).
posted by .j. @ 5:55 da tarde, ,
Dia Mundial da Poesia, Primavera (Parte III)
terça-feira, março 21, 2006
[Fotografia de .j. | todos os cigarros, 2004]
Agora que coloquei um poema de Herberto, sinto-me obrigada a colocar um poema de Al Berto. Aqui fica o quinto poema do «Eras Novo Ainda», de 1981/82.
5
procuro-te no meio dos papeis escritos
atirados para o fundo do armario de vidrinhos
comias uvas no meio da pagina
a seguir era como se fosse noite
havia olhares que se cruzavam corpos
deambulaçoes pela praia
era noite e alguem se aproximava
eu estava sentado passeando os dedos
pelas nodoas frescas do vinho sobre a mesa o caderno
onde de quando em quando rabiscava um rosto
e listas de nomes que nao queria esquecer
paguei o vinho o pao e o queijo
levantei-me
tu cortaste-me a fuga vagarosamente preparada
pediste-me um cigarro
na outra pagina estavamos rindo
estendidos no pobre embarcadouro de madeira
planeavamos atravessar a noite magica do rio
a pagina seguinte esta´ em branco
mas lembro-me que te agarrei as maos e disse:
todos os cigarros do mundo sao para ti
posted by .j. @ 12:12 da tarde, ,
Dia Mundial da Poesia, Primavera (Parte II)
O Poema
I
Um poema crece inseguramente
na confusao da carne.
Sobe ainda sem palavras, so ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo. Fora, a esplendida violencia
ou os bagos de uva de onde nascem
as raizes minusculas do sol.
Fora, os corpos genuinos e inalteraveis
do nosso amor,
rios, a grande paz exterior das coisas,
folhas dormindo o silencio
- a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E ja nenhum poder destroi o poema.
Insustentavel, unico,
invade as casas deitadas nas noites
e as luzes e as trevas em volta da mesa
e a força sustida das coisas
e a redonda e livre harmonia do mundo.
- Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do misterio.
- E o poema faz-se contra a carne e o tempo.
[Estava a olhar para o post com poemas de Rilke e pensei: «ja que coloco poemas do meu poeta estrangeiro preferido, entao tambem devo colocar dois poemas dos meus poetas portugueses preferidos.» Assim, fui buscar «o poema» de Herberto Helder, esse GRANDE poeta portugues!]
posted by .j. @ 11:56 da manhã, ,
Dia Mundial da Poesia, Primavera
[ Fotografia de .j. | Em casa, 2004 ]
Recordaçao
E tu esperas, aguardas a unica coisa
que aumentaria infinitamente a tua vida;
o poderoso, o extraordinario,
o despertar das pedras,
os abismos com que te deparas.
Nas estantes brilham
os volumes em castanho e ouro;
e tu pensas em paises viajados,
em quadros, nas vestes
de mulheres encontradas e ja perdidas.
E entao de subito sabes: era isso.
Ergues-te e diante de ti estao
angustia e forma e oraçao
de certo ano que passou.
---//---
Para recitar antes de de adormecer
Eu queria cantar para dentro de alguem,
sentar-me junto de alguem e estar ai.
Eu queria embalar-te e cantar-te mansamente
e acompanhar-te ao despertares e ao adormeceres.
Queria ser o unico na casa
a saber: a noite estava fria.
E queria escutar dentro e fora
de ti, do mundo, da floresta.
Os relogios chamam-se anunciando as horas
e ve-se o fundo do tempo.
E em baixo ainda passa um estranho
e acirra um cao desconhecido.
Depois regressa o silencio. Os meus olhos,
muito abertos, pousaram em ti;
e prendem-te docemente e libertam-te
quando algo se move na escuridao.
[Era capaz de passar o dia a transcrever versos dos meus poetas preferidos, mas como tenho mais coisas para fazer, assinalo o Dia Mundial da Poesia e a chegada da Primavera com dois poemas de Rainer Maria Rilke, d'«O Livro das Imagens», traduzidos por Maria Joao Costa Pereira,
Relogio d'Agua. Desculpem a falta de acentos em algumas palavras, mas a culpa é do blogue, que transforma tudo em pontos de interrogaçao.]
[Deixo ainda o link para um blogue de poesia, intitulado Casulo Amarelo.]
posted by .j. @ 11:32 da manhã, ,
Manabu Yamanaka
segunda-feira, março 20, 2006
Imagens impressionantes, aqui XXX.
posted by .j. @ 10:32 da manhã, ,
A pedido da Ventosa Ole, aqui fica:
domingo, março 19, 2006
Dartacao e os Tres Moscaoteiros :)
posted by .j. @ 2:03 da tarde, ,
...
sexta-feira, março 17, 2006
[Misterio Juvenil]
Perder um episodio era uma desgraça.
posted by .j. @ 11:33 da manhã, ,
os bons velhos tempos...
Esta manha, abri o correio e encontrei o seguinte e-mail:
«Joana,
Hoje tive uma noite de saudades (da infância) e cheguei a conclusao que eram os desenhos animados que garantiam a nossa sanidade mental durante toda a infância.».
Ora, por causa destas palavras, decidi recuperar um post de Março de 2005, da autoria do Ric, em especial para a minha amiga Ines.
ps.: acho que deves comprar a colecçao do Planeta DeAgostini e, depois, deves ainda partilhar os dvds comigo :)
posted by .j. @ 11:24 da manhã, ,
ya...
quinta-feira, março 16, 2006
Mike In Da House
posted by .j. @ 3:56 da tarde, ,
bolas...