A língua das tuas cidades.



As vezes, chove sobre a ideia que temos das cidades. Outras, anda-se e corrige-se inconsequentemente o passado, porque nunca é o passado que se corrige, mas a sua ferida ainda latente.
As vezes, damos connosco a falar para dentro e a querer saber coisas que deveriam ser óbvias, mas que nunca chegamos a perguntar, até ao momento.

- Há muito tempo, quando ainda tinhas um corpo tocável, andavas pela cidade como quem estava sempre em fuga ou em despedida. Sabias desse lado, a cançao triste dos lugares e, das casas, a muralha de silencio ou de recolhimento invernoso. Há muito tempo, conhecias o choro das cidades como quem conhece uma língua e decidiste fatal e magicamente construir aí uma hermeneutica, ou inventar cidades que agarrasses com o olhar, com as maos ou com o teu próprio choro.



[Post copiado da Maquina Royal, pelas palavras certas e a banda sonora ideal.]

posted by .j. @ 2:26 da tarde,

3 Comments:

At 12:09 da manhã, Blogger José Carlos Marques said...

Concordo aqui com o Bruno. A imagem é lindíssima, e ganha mais significado por saber como estás aí em baixo. N?o apenas geográficamente, mas também. Pelo menos pela ideia com que fikei hoje kd falei ctg.

 
At 12:10 da manhã, Blogger José Carlos Marques said...

(Porra, caí outra vez no erro de usar abreviaç?es...)

 
At 12:22 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Obrigada pelos comentários. Nao so o texto, mas tambem a fotografia e a música, fazem parte do post da Maquina Royal, blogue que eu muito admiro! :) Ontem o conjunto pareceu-me t?o adequado, que resolvi coloca-lo aqui. Foi isso.

.j.

 

Enviar um comentário

<< Home