maquina royal
sexta-feira, setembro 24, 2004
"Um dia, um psiquiatra amigo meu diagnosticou-me mau feitio, e disse-me que contra isso n?o há remédio."
- Pompeu Miguel Martins,
in maquinaroyal.blogger.com.br -
Porque é um gosto ler o blogue, aqui ficam os parabéns (atrasados, eu sei e peço desculpa).
Espero que a Maquina Royal escreva por muitos e longos anos bons posts. :)
posted by .j. @ 10:42 da manhã,
2 Comments:
- At 1:02 da tarde, SVieira said...
-
A tua loucura empresta-me vida"
Quem sou eu? Alguém que procura conhecer-se?
Quem és tu? Um recorte da serra por definir na claridade
cristalina da água, fome de vento e rubor no veludo?
A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA
Mas, de repente, a comporta rebenta a pelúcia da liberdade
T?o certo como a neblina que traça o teu perfil em tons de ouro
Evidente como a cruz que carregas, débil, com a família ?s costas
A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA
Desculpa quando te assusto e me achas fútil por imcumb?ncia
Desculpa quando te sirvo doses reprováveis de aus?ncia e frieza, dúbias
S?o as desculpas que escrevo agora que o lenço de papel acabou no lixo
A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA
Desculpa quando te traio em pensamento, a moral existe sem sujeito
E quando n?o ludibrio fósseis e mortes na ampulheta, azar esculpido
Há quem faça do seu corpo arte; há vendas no espírito e no cérebro
A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA
Afinal, a palavra desnudava o desejo e somos voyeurs por contágio
Ao fim e ao cabo, das tormentas que de dia a luz culpa, mau presságio
Sim, porque percebemos quando o mal nos mora e a luz se faz noite
A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA
Para obter ajuda prima f1, para sorrir fuja
Para morrer numa gaiola tísica, vagueie pelo gato e pelo piano
Para continuar, espere que o comprimido passe, nunca bata na cadeira
A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA
Dedilha-me Manzarek, há acordes na Arrábida, há planetas na rua
Vendemos gostos em série, percebemos nada de figos e maradonas
Antes as dunas que te habitam e o céu quando se esconde, percebes:
A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA
Há pessoas que me acham louco,eu também as vejo assim humanas
E outras há com cenas de controlo e discursos previsíveis, entediantes
Ser normal custa a vida, tentarás outra porta, monstros mordem m?es
A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA
Há formas de amar e divers?es literárias, há o amor construído rude
Humores tais que v?m helénicos nas diferenças, descobertas na cama
E quando vagueias pelo quarto, o teu cheiro acalma a ansiedade tonta
A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA
Eles vivem, tal como nós, na alegria de partilhar ementa temática?
Eles sonham, como nós, em comprar uma televis?o para ver o mundial?
Eles n?o navegam em segundos, eles contudo assobiam, sorriem ao dia
A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA
Voltamos ao tempo dos afectos, cumprimentamos o dia de catedráticos
Regressamos civilizados ao lugar dos móveis de sala e outros mimos
A tua mais que saudável alegria de viver vence adeus, líchias e restelos
A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA
Somos, todos, farinha saco provérbio maré escala valor percentagem
Somos todos bícepes, artroses, dentes, seiva, clímax, paz, respiramos
Somos todos influenciados pela tua chama, dá lume ao orgulho e diz:
A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA
"Acabo em ti", de Nuno Trinta de Sá - At 11:56 da manhã, .j. said...
-
obrigada pelo poema ;) *