maquina royal

"Um dia, um psiquiatra amigo meu diagnosticou-me mau feitio, e disse-me que contra isso n?o há remédio."

- Pompeu Miguel Martins,
in maquinaroyal.blogger.com.br -

Porque é um gosto ler o blogue, aqui ficam os parabéns (atrasados, eu sei e peço desculpa).
Espero que a Maquina Royal escreva por muitos e longos anos bons posts. :)

posted by .j. @ 10:42 da manhã,

2 Comments:

At 1:02 da tarde, Blogger SVieira said...

A tua loucura empresta-me vida"

Quem sou eu? Alguém que procura conhecer-se?
Quem és tu? Um recorte da serra por definir na claridade
cristalina da água, fome de vento e rubor no veludo?

A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA

Mas, de repente, a comporta rebenta a pelúcia da liberdade
T?o certo como a neblina que traça o teu perfil em tons de ouro
Evidente como a cruz que carregas, débil, com a família ?s costas

A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA

Desculpa quando te assusto e me achas fútil por imcumb?ncia
Desculpa quando te sirvo doses reprováveis de aus?ncia e frieza, dúbias
S?o as desculpas que escrevo agora que o lenço de papel acabou no lixo

A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA

Desculpa quando te traio em pensamento, a moral existe sem sujeito
E quando n?o ludibrio fósseis e mortes na ampulheta, azar esculpido
Há quem faça do seu corpo arte; há vendas no espírito e no cérebro

A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA

Afinal, a palavra desnudava o desejo e somos voyeurs por contágio
Ao fim e ao cabo, das tormentas que de dia a luz culpa, mau presságio
Sim, porque percebemos quando o mal nos mora e a luz se faz noite

A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA

Para obter ajuda prima f1, para sorrir fuja
Para morrer numa gaiola tísica, vagueie pelo gato e pelo piano
Para continuar, espere que o comprimido passe, nunca bata na cadeira

A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA

Dedilha-me Manzarek, há acordes na Arrábida, há planetas na rua
Vendemos gostos em série, percebemos nada de figos e maradonas
Antes as dunas que te habitam e o céu quando se esconde, percebes:

A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA

Há pessoas que me acham louco,eu também as vejo assim humanas
E outras há com cenas de controlo e discursos previsíveis, entediantes
Ser normal custa a vida, tentarás outra porta, monstros mordem m?es

A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA

Há formas de amar e divers?es literárias, há o amor construído rude
Humores tais que v?m helénicos nas diferenças, descobertas na cama
E quando vagueias pelo quarto, o teu cheiro acalma a ansiedade tonta

A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA

Eles vivem, tal como nós, na alegria de partilhar ementa temática?
Eles sonham, como nós, em comprar uma televis?o para ver o mundial?
Eles n?o navegam em segundos, eles contudo assobiam, sorriem ao dia

A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA

Voltamos ao tempo dos afectos, cumprimentamos o dia de catedráticos
Regressamos civilizados ao lugar dos móveis de sala e outros mimos
A tua mais que saudável alegria de viver vence adeus, líchias e restelos

A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA

Somos, todos, farinha saco provérbio maré escala valor percentagem
Somos todos bícepes, artroses, dentes, seiva, clímax, paz, respiramos
Somos todos influenciados pela tua chama, dá lume ao orgulho e diz:

A TUA LOUCURA EMPRESTA-ME VIDA


"Acabo em ti", de Nuno Trinta de Sá

 
At 11:56 da manhã, Blogger .j. said...

obrigada pelo poema ;) *

 

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