"Vai é um verbo que nunca acaba"



«De quem gostas mais, do gato
ou de mim
?» pergunta ela.

E beija-me, não por mim,
mas para experimentar os lábios.

Quando a levanto, põe os braços
à minha volta para não cair.

Quando a ponho no chão foge
e vou atrás dela.

Vai é um verbo que nunca
acaba, como um pai.


[ poema retirado do livro
Os Hectares da Memória,
da autoria de Herman de Coninck,
que nasceu na Bélgica em 1944
]

posted by .j. @ 10:13 da tarde,

1 Comments:

At 9:09 da manhã, Anonymous Anónimo said...

As coisas só fogem...VÃO...quando as daixamos ir, quando não temos coragem para ir (de facto) atrás.
Somos os únicos culpados das nossas perdas, ou pelo menos da maioria :)
Gosto da imagem pela luz JB.

TeresaCorreia "sempre pronta a chatear-te"

 

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